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O jornalismo cultural vive uma grave crise nos últimos anos e, assim como toda a mídia tradicional, tem passado por um processo de reinvenção. A cada semana são publicadas notícias sobre demissões de dezenas de jornalistas e fechamento de veículos tradicionais. As redações que ainda resistem funcionam em esquema de precariedade, com equipes mega reduzidas e atoladas de trabalho. Há cada vez menos espaço para a Cultura e os profissionais que atuam nessa área, por vezes, ainda são deslocados para editorias de política, cidades, cotidiano etc. E a pressão de ter que competir com as novas mídias só agrava essa situação.
Diante dessa turbulência, o espaço para divulgação nas mídias tradicionais fica cada vez mais restrito e os critérios de noticiabilidade ficam ainda mais confusos. E agora? O que acontece se o meu trabalho não é veiculado no jornal ou na televisão? Não vou ter público?
Calma! Nessa hora é preciso respirar e considerar algumas outras questões. Se a mídia tradicional está tentando se adequar aos novos tempos, por que continuamos dando valor apenas para os formatos antigos? E dizer isso não significa ignorá-los, mas também valorizar as novas mídias – as redes sociais, os influenciadores, os canais de vídeos, os sites e blogs e até seu público cativo.
A pesquisa “Cultura nas Capitais”, da JLeiva, revela um dado bem interessante sobre a forma como as pessoas se informam sobre um evento cultural e decidem frequentá-lo. No estudo, foram consultadas 10.630 pessoas em 12 das principais capitais brasileiras. E os dados mostram que os entrevistados usam os seguintes meios como principal fonte de informação para escolha da programação: TV – 47%; redes sociais – 44%; boca a boca – 32%, internet de modo geral – 26%, jornais – 18%; rádio – 16% e críticas – 3%, entre outros.
Ou seja, se a sua preocupação é ter público para seu evento, é melhor atualizar a sua estratégia de comunicação. Além disso, quem disse que as novas mídias não servem para legitimar seu trabalho ao inscrevê-lo em um edital? Fica a dica! 😉
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